sexta-feira, 6 de abril de 2012

A ressurreição de Cristo, fundamento da nossa esperança! (Bispo Francisco Martins)



“Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.” (1Co 15.20)

As melhores notícias do mundo vieram de um túmulo vazio. A tumba vazia de Cristo é o berço da igreja. Se a morte tivesse triunfado sobre Jesus, estaríamos desprovidos de esperança. A ressurreição de Cristo é a pedra de esquina da nossa fé, é o alicerce da nossa esperança, e a garantia absoluta de que caminhamos para um glorioso amanhecer, e não para um ocaso tenebroso. A morte cobrirá de vergonha sua cara e perderá seu poder. Seu aguilhão foi arrancado e porque Cristo vive, podemos crer no amanhã.


E eu desejo, neste domingo de páscoa, destacar três realidades benditas sobre a ressurreição de Cristo:

1º - “A ressurreição de Cristo é um fato incontroverso (I Coríntios 15:3-8)

Cristo ressuscitou e apareceu a Pedro, aos demais apóstolos, a mais de quinhentas pessoas de uma só vez, a Tiago e a Paulo. Várias testemunhas oculares presenciaram Jesus com um corpo de glória. Sua ressurreição não foi uma surpresa, mas uma profecia. Tanto o “antigo” como o “novo testamento” anunciaram sua bendita realidade. Jesus a proclamou com clareza antes de ser entregue nas mãos dos pecadores. A ressurreição de Cristo abalou o inferno, fez estremecer os inimigos e perturba ainda hoje os céticos.

Muitas foram as tentativas para negar este fato incontroverso. Há aqueles que negam que Jesus tenha de fato morrido, já outros, dizem que os discípulos roubaram o seu corpo, outros ainda, afirmam que as mulheres foram ao túmulo errado no primeiro dia da semana. Mas a ressurreição não é um embuste, ela é uma verdade absoluta e incontestável. Se Cristo não ressuscitasse, Ele seria um lunático, e não o filho de Deus. Se Cristo não tivesse ressuscitado, um engano teria salvado o mundo. Se Ele não tivesse ressuscitado, os mártires que verteram seu sangue teriam morrido por uma causa tola e nós seríamos os mais infelizes dos homens.

As provas judiciais da ressurreição de Cristo são inegáveis. Se os discípulos tivessem, de fato, roubado o corpo de Cristo, eles não teriam sofrido açoites, prisões, torturas e morte por causa de uma mentira. Uma mentira não teria o poder moral de transformar covardia em coragem, temor em desassombro, incredulidade em fé guerreira. Se as mulheres tivessem ido ao túmulo errado, bastaria que os inimigos de Cristo fizessem uma procissão pelas ruas de Jerusalém com o seu corpo, e teriam, imediatamente, jogado uma pá de cal nas esperanças do cristianismo nascente. A verdade é luz, e as trevas da mentira não podem prevalecer contra ela.

2ª realidade bendita sobre a ressurreição de Cristo: “A ressurreição de Cristo é uma verdade transformadora” (Atos 4:10)

A ressurreição de Cristo produziu um profundo impacto na vida dos discípulos. Eles que estavam trancados com medo, por causa da fúria dos judeus, quando percebem que a porta do túmulo fora aberta, se dispõem a ser presos, açoitados e mortos por causa dessa convicção. O poder da ressurreição inundou o coração deles de santa convicção, e eles saíram  a pregar, no poder do espírito, a mensagem de Cristo ressurreto.  Essa mensagem, como fogo impetuoso, espalhou-se por todo o mundo. Corações endurecidos foram quebrados, barreiras de incredulidade foram derrubadas, o império das trevas foi saqueado, e uma multidão de pessoas foi salva e transportada para o reino da Luz.

Ainda hoje, a mensagem da ressurreição transforma vidas, restaura famílias e nos dá razão para cantar, mesmo em face da morte. Aquilo que os homens não têm conseguido realizar pelo poder das armas, pela truculência das guerras e pelos ditames da política, Cristo fez pelo poder da ressurreição. Essa mensagem, da ressurreição, é mais poderosa que as bombas mais potentes. A ressurreição de Cristo é a dinamite de Deus que quebra os corações mais duros e arranca os pecadores das prisões mais humilhantes.

A 3ª realidade bendita sobre a ressurreição de Cristo: “A ressurreição de Cristo é uma esperança gloriosa”. (I Coríntios 15:12-19)

A ressurreição de Cristo é a garantia da nossa ressurreição. Ele levantou-se dos mortos como primícia de todos aqueles que um dia ouvirão de seus túmulos a voz de Deus, e sairão. Paulo afirma que, se Cristo não ressuscitou, é vã nossa pregação e vã a nossa fé. Se Cristo não ressuscitou, ainda permaneceremos em nossos pecados e os que dormiram em Cristo pereceram. Se Cristo não ressuscitou, somos falsas testemunhas de Deus e nossa esperança está fadada ao fracasso total. Entretanto, de fato, Cristo ressuscitou, como o primeiro da fila. E a ele, seguiremos. No último dia, quando soar a trombeta de Deus e se ouvir a voz do arcanjo, o Senhor Jesus descerá dos céus, e os mortos sairão de seus túmulos. Teremos, então, um corpo incorruptível, poderoso, glorioso, espiritual e celestial, semelhante ao corpo da sua glória.

Essa esperança não é algo vago, mas uma convicção gloriosa. Nosso corpo surrado pelas doenças, pelo pecado, debilitado pelo peso dos anos, timbrado por fraquezas e deficiências, se revestirá de uma beleza indescritível, de uma perfeição indizível e de uma glória inefável! Alegremo-nos, pois esta é a páscoa do Senhor, a razão da nossa fé.

Feliz Páscoa e que Deus nos abençoe rica e abundantemente,

Bp. Francisco Martins

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Palavra de Nova Vida - Pr. Flavio Muniz

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