“Mas, de fato, Cristo
ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.” (1Co
15.20)
As melhores notícias do mundo vieram de um túmulo vazio. A tumba vazia
de Cristo é o berço da igreja. Se a morte tivesse triunfado sobre Jesus,
estaríamos desprovidos de esperança. A ressurreição de Cristo é a pedra de
esquina da nossa fé, é o alicerce da nossa esperança, e a garantia absoluta de
que caminhamos para um glorioso amanhecer, e não para um ocaso tenebroso. A
morte cobrirá de vergonha sua cara e perderá seu poder. Seu aguilhão foi
arrancado e porque Cristo vive, podemos crer no amanhã.
E eu desejo, neste domingo
de páscoa, destacar três realidades benditas sobre a ressurreição de Cristo:
1º - “A ressurreição de
Cristo é um fato incontroverso (I Coríntios 15:3-8)
Cristo ressuscitou e apareceu a Pedro, aos demais apóstolos, a mais de
quinhentas pessoas de uma só vez, a Tiago e a Paulo. Várias testemunhas
oculares presenciaram Jesus com um corpo de glória. Sua ressurreição não foi
uma surpresa, mas uma profecia. Tanto o “antigo” como o “novo testamento”
anunciaram sua bendita realidade. Jesus a proclamou com clareza antes de ser
entregue nas mãos dos pecadores. A ressurreição de Cristo abalou o inferno, fez
estremecer os inimigos e perturba ainda hoje os céticos.
Muitas foram as tentativas para negar este fato incontroverso. Há
aqueles que negam que Jesus tenha de fato morrido, já outros, dizem que os
discípulos roubaram o seu corpo, outros ainda, afirmam que as mulheres foram ao
túmulo errado no primeiro dia da semana. Mas a ressurreição não é um embuste,
ela é uma verdade absoluta e incontestável. Se Cristo não ressuscitasse, Ele
seria um lunático, e não o filho de Deus. Se Cristo não tivesse ressuscitado,
um engano teria salvado o mundo. Se Ele não tivesse ressuscitado, os mártires
que verteram seu sangue teriam morrido por uma causa tola e nós seríamos os
mais infelizes dos homens.
As provas judiciais da ressurreição de Cristo são inegáveis. Se os
discípulos tivessem, de fato, roubado o corpo de Cristo, eles não teriam
sofrido açoites, prisões, torturas e morte por causa de uma mentira. Uma
mentira não teria o poder moral de transformar covardia em coragem, temor em
desassombro, incredulidade em fé guerreira. Se as mulheres tivessem ido ao
túmulo errado, bastaria que os inimigos de Cristo fizessem uma procissão pelas
ruas de Jerusalém com o seu corpo, e teriam, imediatamente, jogado uma pá de
cal nas esperanças do cristianismo nascente. A verdade é luz, e as trevas da
mentira não podem prevalecer contra ela.
2ª realidade bendita sobre a
ressurreição de Cristo: “A ressurreição de Cristo é uma verdade transformadora”
(Atos 4:10)
A ressurreição de Cristo produziu um profundo impacto na vida dos discípulos.
Eles que estavam trancados com medo, por causa da fúria dos judeus, quando
percebem que a porta do túmulo fora aberta, se dispõem a ser presos, açoitados
e mortos por causa dessa convicção. O poder da ressurreição inundou o coração
deles de santa convicção, e eles saíram
a pregar, no poder do espírito, a mensagem de Cristo ressurreto. Essa mensagem, como fogo impetuoso,
espalhou-se por todo o mundo. Corações endurecidos foram quebrados, barreiras
de incredulidade foram derrubadas, o império das trevas foi saqueado, e uma
multidão de pessoas foi salva e transportada para o reino da Luz.
Ainda hoje, a mensagem da ressurreição transforma vidas, restaura
famílias e nos dá razão para cantar, mesmo em face da morte. Aquilo que os
homens não têm conseguido realizar pelo poder das armas, pela truculência das
guerras e pelos ditames da política, Cristo fez pelo poder da ressurreição.
Essa mensagem, da ressurreição, é mais poderosa que as bombas mais potentes. A
ressurreição de Cristo é a dinamite de Deus que quebra os corações mais duros e
arranca os pecadores das prisões mais humilhantes.
A 3ª realidade bendita sobre
a ressurreição de Cristo: “A ressurreição de Cristo é uma esperança gloriosa”.
(I Coríntios 15:12-19)
A ressurreição de Cristo é a garantia da nossa ressurreição. Ele
levantou-se dos mortos como primícia de todos aqueles que um dia ouvirão de
seus túmulos a voz de Deus, e sairão. Paulo afirma que, se Cristo não
ressuscitou, é vã nossa pregação e vã a nossa fé. Se Cristo não ressuscitou,
ainda permaneceremos em nossos pecados e os que dormiram em Cristo pereceram.
Se Cristo não ressuscitou, somos falsas testemunhas de Deus e nossa esperança
está fadada ao fracasso total. Entretanto, de fato, Cristo ressuscitou, como o
primeiro da fila. E a ele, seguiremos. No último dia, quando soar a trombeta de
Deus e se ouvir a voz do arcanjo, o Senhor Jesus descerá dos céus, e os mortos
sairão de seus túmulos. Teremos, então, um corpo incorruptível, poderoso,
glorioso, espiritual e celestial, semelhante ao corpo da sua glória.
Essa esperança não é algo vago, mas uma convicção gloriosa. Nosso
corpo surrado pelas doenças, pelo pecado, debilitado pelo peso dos anos,
timbrado por fraquezas e deficiências, se revestirá de uma beleza
indescritível, de uma perfeição indizível e de uma glória inefável! Alegremo-nos,
pois esta é a páscoa do Senhor, a razão da nossa fé.
Feliz Páscoa e que Deus nos
abençoe rica e abundantemente,
Bp. Francisco Martins