(At 9.1-9) - Saulo, Saulo, talvez este seja o
homem mais conhecido como representante do cristianismo, além de ser um nome de
fundamental importância para a história da igreja. Seu nome Sha’ul (pedido de
Deus) em aramaico na comunidade judaica em Jerusalém, e Paulo (pequeno), a
forma romana de seu nome, ecoam nos livros de teologia e também de filosofia.
Nasceu na cidade de Tarso da Cilícia (atual Turquia), porém foi criado em
Jerusalém. É o homem que mais escreveu sobre doutrina no Novo Testamento: treze
cartas são de sua autoria. Paulo foi o primeiro teólogo da igreja e foi chamado
por alguns de seu segundo fundador. Era filho de judeus, da tribo de
Benjamin e como era o costume foi circuncidado ao oitavo dia. Também cresceu
seguindo a mais perfeita tradição judaica farisaica, e ainda possuía cidadania
romana. (Filipenses 3:5).
Tinha uma irmã e um sobrinho que moravam em
Jerusalém. (Atos 23:16). Sua educação preliminar foi doméstica
tendo seu pai como tutor. Contudo, aos seis anos Paulo foi á escola na sinagoga
para ser educado na Torá e no hebraico. Em Jerusalém foi educado aos pés de
Gamaliel, neto de Hilel, que era considerado um rabino moderado. Tornou-se
fariseu, ou seja, especialista rigoroso e irrepreensível no cumprimento de toda
a Lei e seus pormenores (Atos 22.3). Ao que parece com 30 anos se tornou membro
do sinédrio, o mesmo que condenou Jesus a morte (At 26.10). Sua profissão era
artesão, fabricante de tendas. (Atos 18:3). Possivelmente Paulo foi
casado, mas não temos certeza disso.
Fato é que este homem, culto,
zeloso de sua religião e de seus costumes surge para a história diante da
grande perseguição a igreja que foi imposta de modo injusto e implacável pelas
autoridades judaicas e romanas sob as vistas de satanás. Saulo emerge no
cenário bíblico diante da morte do diácono Estevão, um mártir, que foi
executado sumariamente por apedrejamento aviltado por um sinédrio corrupto do
qual Saulo Fazia parte. Saulo permitiu por voto a morte deste homem, e ainda
guardou as capas das testemunhas que o apedrejaram. Saulo era um animal feroz
que assolava a igreja, que açoitava os santos de Deus, que entrava nas casas
para prender os servos de Jesus Cristo, e ainda os fazia blasfemar de Deus. (At
7.58; 8.1-3; At 26.11).
Diz-nos a Bíblia em (At 9) que
este incansável inimigo da igreja, não se contentando em atuar sob o domínio do
Sinédrio em Jerusalém, pede autorização do Sumo Sacerdote para conseguir apoio
das sinagogas de Damasco (Síria) que estavam sob o domínio dos Nabateus, pois
sua intenção era perseguir e prender os cristãos que fugiram diante da grande
perseguição a igreja em Jerusalém. (At 9.1-2). Ainda sob os efeitos da morte de
Estevão e de seu ódio mortal, este implacável, feroz e indomável perseguidor agora
pretende expandir a perseguição e o morticínio de cristãos indefesos.
Um historiador chamado Arrington,
escreveu que: “Damasco representava muito mais para Saulo, que outra parada em
sua campanha de repreensão. Era o ponto central da vasta cadeia comercial com
extenso comércio de linhas de caravana alcançando do norte da Síria,
Mesopotâmia, Anatólia, Pérsia e Arábia. Se o “novo caminho” do cristianismo
florescesse em Damasco logo chegaria a todos estes lugares. Do ponto de vista
do Sinédrio e de Saulo, o cristianismo tinha de ser detido em Damasco”.
No entanto, o que Paulo não
sabia, por experiência, é que o Deus de seus pais e de sua religião sempre foi
um Deus de graça, soberano, pessoal, zeloso, e que ama os seus filhos a
pretexto de qualquer circunstância.
Talvez Paulo tenha se esquecido do que
leu na lei, nos profetas e nos salmos: “não temas, porque eu sou
contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te
ajudo, e te sustento com a minha destra fiel. Porque eu, o SENHOR, teu Deus, te
tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo. Não temas, ó
vermezinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o SENHOR, e o teu
Redentor é o Santo de Israel”. “Porque esta é a aliança que
firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente,
lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o
seu Deus, e eles serão o meu povo”. “Rendei graças ao Senhor porque
ele é bom e a sua misericórdia dura para sempre” “Porque a tua graça é melhor do
que a vida; os meus lábios te louvam. Bendito seja Deus, que não me rejeita a
oração, nem aparta de mim a sua graça”.
O Deus misericordioso e bom,
cheio de graça e de verdade, presciente e soberano em todos os seus planos
resolveu interromper inesperadamente aquela comitiva liderada por Paulo para
manifestar a sua graça e estender a sua misericórdia a um homem digno do pior
tipo de morte. Deus desejava Saulo de todo seu coração. Deus queria o coração
de Saulo voltado para ele a fim de ser um instrumento escolhido para levar o
seu nome entre os gentios. Os cristãos o temiam, Deus o amava. Os cristãos
fugiram dele, mas Deus queria encontrá-lo. Os cristãos testemunharam suas
atrocidades, Deus o chamava para testemunhar. Os cristãos o elegeram como o
mais feroz perseguidor, Deus o elegia segundo sua graça para a sua salvação
pessoal e de muitos.
Amados a conversão de Paulo no caminho de Damasco foi dramática,
foi repentina, mas foi completa. A experiência de conversão de Paulo foi
marcante e o levou a diversos extremos. De perseguidor, passou a ser
perseguido, de feroz fariseu passou a ser verdadeiro apóstolo. De odiento á
causa de Cristo, se tornou um dos mais apaixonados discípulos de Cristo. A
conversão de Paulo foi pessoal, seu arrependimento e fé foram evidenciados à
medida que ele viu e ouviu perfeitamente o que Jesus lhe pedia, e obedeceu. A
ordem que recebeu mudou o curso de seus planos, pois agora sua viagem foi
interrompida repentinamente pelo Deus de sua vida, e sua rota precisa ser
corrigida por um Messias que ele até então não cria. Sabe irmãos, a experiência
de Paulo foi uma total demonstração da graça de Deus. “Calvino fala que a graça de Deus é vista não apenas em um lobo tão
cruel sendo transformado em ovelha, mas também em ele assumir o caráter de um
pastor”. O próprio Paulo reconhece isso em seus escritos ao falar de sua
conversão:
“Quando, porém, ao que me separou
antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em
mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne
e sangue” (Gl 1.15-16)
“Mas, pela graça de Deus, sou o
que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes,
trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus
comigo”.(1Co 15.10)
Será que a experiência de Saulo pode servir como um padrão genuíno de
conversão? Um padrão para as conversões de hoje em dia? Já que vivemos num
tempo de relativismos, apostasia, esfriamento espiritual, e testemunhos que não
honram o Filho de Deus?
Eu creio que sim! É verdade que não tivemos uma experiência na
estrada de Damasco, não fomos surpreendidos por eventos sobrenaturais (luz, voz
e queda), como também não podemos garantir a aparição de um Jesus ressurreto e
um chamado para sermos apóstolos como no caso de Paulo. Mas, o fato é que a sua
conversão nos ensina muito sobre um padrão de conversão genuína. Padrão este
que baseado nas Escrituras torna-se inequívoco as suas provas e seus frutos diante
da sociedade e do mundo.
A conversão genuína é uma mudança de rumo
(At 9.3) Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco...
segundo (Ef 2) Estávamos seguindo
neste mundo uma viagem de delitos e pecados, e portanto diante de Deus estávamos
mortos neles. Andávamos segundo o príncipe da postestade do ar, éramos
desobedientes a Deus, fazíamos o que a nossa carne ordenava, éramos
considerados filhos da ira, sem Cristo, separados da comunidade de Israel,
estranhos ás alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas Deus
sendo rico em misericórdia nos ressuscitou em Cristo e nos deu vida juntamente
com Cristo nos fez assentar nos lugares celestiais. Por sua graça fomos salvos.
Queridos, conversão genuína é
mudança de rumo. Deus nos tira do caminho de perdição, do caminho que nos
levaria ao inferno e a morte eterna e nos coloca no caminho que nos leva ao céu
nos posicionando em Cristo como lugar de vida e vida em abundância. Ele nos
tira da morte para vida. Nos vivifica
espiritualmente pra vivermos sua vida em nós.
“Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de
morte”. (Pv 14.12)
A conversão genuína é luz que resplandece
nas trevas
(At 9.3) ...subitamente uma luz do
céu brilhou ao seu redor
Por volta do meio dia uma luz
brilhou para Paulo, segundo ele mesmo, uma luz mais resplandecente que o
próprio sol escaldante da síria. (At 26.13). Na realidade o sol da justiça
brilhou para Paulo. E na hora certa brilhou para nós também, e brilhará para ti
ó inconverso pecador. Jesus é a luz, em
Daniel 2 diz que com ele mora a luz. Em Habacuque 3 diz que o seu resplendor é
como luz, raios brilham da sua mão e ali está velado o seu poder. Porque fazes resplandecer a minha lâmpada;
o SENHOR, meu Deus, derrama luz nas minhas trevas. (Sl 18.28). João nos
revelou em (Jo 1.4-5) A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz
resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.
Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns
com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
(1Jo 1.7)
Quem está na luz está em ampla
comunhão com Deus e com seus irmãos, e isso lhes faz ter a certeza de seus
pecados serem purificados, de maneira que ele ama os irmãos e não mais deseja
pecar, pois o poder do pecado foi aniquilado na cruz, e a culpa do pecado foi
perdoada. Pedro nos diz que fomos chamados para proclamarmos as virtudes
daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Quem está na luz
resplandece o brilho do Evangelho a todos ao seu redor, pois quem está na luz é
um missionário em potencial. Quem está na luz rejeita as obras das trevas por
que sabe que a ira de Deus vem sobre essas coisas. Quem está na luz anda como
filho da luz, produzindo o fruto da luz que é bondade, justiça e verdade.
Provando assim do que sempre é agradável ao Senhor (Ef 5.3-13)
A conversão genuína é uma total rendição do
ser
(At 9.4) e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo,
porque me persegues?
Durante sua viagem de motivação
anticristã que levaria cerca de uma semana percorrendo em torno de 240
quilômetros, eu penso que Paulo estava tendo bastante tempo pra refletir sobre
suas ações e seus objetivos. Paulo condenou Estevão por pensar
que ele era um apóstata condenado ao inferno. Paulo considerava os cristãos
como inimigos por pregarem um Messias falsificado. Suas ações anticristãs
pareciam não ter fim nem limites. Pensava ele estar fazendo um bem a sua
religião e ao seu povo. Mas, depois de seus olhos contemplarem uma luz
reluzente, agora ele cai do cavalo, prostra-se e ouve uma voz.
Ouça
queridos, Abraão se prostrou para que Deus não destruísse a cidade de seu
sobrinho. Moisés prostrado buscou a Deus para que ele não destruísse o seu povo.
Davi prostrou-se certa vez para se arrepender ao saber que seu filho fruto do
seu pecado adoeceu gravemente. Salomão prostrou-se certa vez ao contemplar a
glória de Deus no templo. Mais agora Deus faz Paulo prostrar-se para ouvir sua
voz, a voz do Deus dos cristãos, questionando sua conduta e sua crença. Saulo,
Saulo, porque me persegues? Porque você luta contra mim pensando que está me
servindo? Porque você maltrata meus filhos? Quem atenta contra eles, atenta
contra mim, Saulo? Renda-se Saulo, eu sou um Deus pessoal que lhe chamo pelo
nome. Renda-se, quebrante-se perante mim, humilhe-se, reconheça seu pecado
Saulo. Reconheça seu orgulho Saulo, reconheça sua vaidade espiritual e renda-se
já. Dobre seu coração perante mim, e volte-se para mim.
A Bíblia diz que todo joelho se dobrará e toda língua confessará que
Jesus Cristo é o Senhor!
Paulo teve que se render a voz de
Jesus, mas não somente se render a sua voz, mas render seu corpo, sua mente,
seu coração, e toda a sua vida.
A conversão genuína é a revelação do Filho
em nós
(At 9.5) Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou
Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.
Paulo defendia zelosamente sua
religião, e não aceitava a mensagem de que Jesus era o Messias, o Filho de
Deus, por isso o sinédrio condenou Estevão como blasfemador. Essa mensagem ameaçava a
verdadeira religião, o judaísmo, por isso destruir o Cristianismo passou a ser
sua bandeira. Paulo não conhecia Jesus! Tinha consciência de que algum ser
celestial lhe visitara, assim como havia narrativas semelhantes no A.T, mas não
sabia da identidade do visitante. Como ele iria obedecer um Deus desconhecido? Para que ele entendesse melhor
quem era o Jesus que ele perseguia, ele ouve: “Duro é para ti recalcitrar
contra os aguilhões”. Os bois nesse tempo eram usados
para arar a terra, ao moverem-se davam coices para trás, por isso através de
pontas metálicas agudas no madeiramento do arado e de um aguilhão na mão do
arador infligia-se um cruel sofrimento ao boi rebelde para que ele obedecesse. Desta forma o Filho de Deus estava se
revelando a Paulo e em Paulo.
Paulo deixe de ser um boi
rebelde, e contemple o seu ressurreto e glorificado Deus. Eu sou o Deus vivo e
verdadeiro que me revelo a ti, e não um impostor que foi crucificado, você se
enganou Paulo. O seu zelo religioso não me agrada, mas sacrifícios agradáveis a
mim são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, esse eu não vou
desprezar, Paulo.
A genuína conversão envolve uma
revelação pessoal do próprio Deus. Note que Cristo se revelou a Paulo com um
nome humano tão odiado por Paulo. Ele não disse: “eu sou o Filho de Deus” ou o
“Messias”, “Rei dos Reis e Senhor dos Senhores”, mas simplesmente, Jesus. Posteriormente, lá em (Gl 1.15-16;
11-12), Paulo reconhece que aprouve a Deus por sua graça revelar seu Filho
nele, e que o evangelho por ele pregado, ele não o recebeu de homem algum, mas
sim mediante a revelação de Jesus Cristo.
A conversão genuína é obediência irrestrita
a um chamado
(At 9.6) mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te
convém fazer.
Mediante esta revelação de um
Deus pessoal, Paulo pergunta: O que farei Senhor? (At 22.10). Sua pergunta nos
revela que houve em Paulo uma entrega incondicional ao Cristo glorificado que o
apareceu, mas também revelam seu caráter enérgico, pois estava sempre pronto
para o serviço.
O que fazer? Submeta-se a voz, a visão, a direção e a vontade de
Cristo. Paulo pensava que sabia o que estava fazendo, mais não tinha noção nem
de quem era, nem para onde estava indo, muito menos o que fazia. Paulo pensava
que estava espiritualmente realizado com sua posição e seus feitos. Mas, ao
levantar-se de sua queda sua vida espiritual jamais seria a mesma. Sua posição
seria trocada, sua missão anunciada, e sua vida completamente transformada. Sua
obediência ao chamado o transformou no apóstolo dos gentios. (At 9.15.16)
A conversão genuína é transformação
regeneradora
(At 9.8) Então, se levantou Saulo da terra e,...
Caíra por terra como judeu
orgulhoso e cruel. Levantou-se como crente humilhado e quebrantado. Num só
momento, Cristo o transformara de feroz fariseu em verdadeiro discípulo. Agora
era uma nova criatura. Morrera Saulo, o fariseu; ressucitara Paulo, o apóstolo.
Paulo agora é um crente regenerado. A regeneração é o ato interior da
conversão. Ela é sobrenatural, pois não pode ser produzida por homem algum,
pois é obra divina. Ela é produzida pelo Espírito de Deus que usa como agente a
instrumentalidade da Palavra ao convencer os pecadores de seu pecado e de seu
juízo. Os frutos da regeneração devem evidenciar o andar em novidade de vida.
Uma vida bem distinta da anterior.
A conversão genuína nos leva a prática
devocional
(At 9.8-9)... E, abrindo os olhos, nada podia ver. E guiando-o pela
mão, levaram-no para Damasco. Esteve três dias sem ver, durante os quais nada
comeu, nem bebeu.
A luz celestial temporariamente
cegou a Paulo. Foi providencial, dando a Saulo tempo para meditar sobre sua
nova experiência. Durante três dias em jejum, Paulo dedicou-se a oração. E
quando recobrou a vista por intervenção de Ananias em Damasco, ainda ficou três
anos em treinamento intensivo com Deus na Arábia, antes de começar a pregar que
Jesus, era o Cristo, o Filho de Deus (Gl 1.17-18). Ananias o recebe como irmão
(At 9.17). O aparecimento de Cristo mudou tudo para Saulo. Agora ele é um
genuíno Filho de Deus pela fé. Precisava de tempo e silêncio para se ajustar a
mudança. Seus olhos foram vendados a fim
de que os olhos espirituais se acostumassem á uma nova luz recebida em sua alma. Nós éramos cegos e agora vimos à luz. Quem estava em trevas
viu uma grande luz. E quem está na luz, mantém a luz acesa. A chama não pode se
apagar. Portanto, sua vida devocional deve ser edificada.
A verdadeira conversão dá segurança ao homem, mas não lhe permite
cessar de vigiar. (Charles Haddon Spurgeon)
Depois de cerca de um ano da
morte de Estevão, Saulo se converte. O que ele fez para merecer a salvação?
Nada. Pela sua nova experiência agora podia dizer com autoridade: Pela graça
somos salvos.
A conversão genuína é uma mudança
de rumo; A conversão genuína é luz que resplandece nas trevas; A conversão
genuína é uma total rendição do ser; A conversão genuína é a revelação do Filho
em nós; A conversão genuína é obediência irrestrita a um chamado; A conversão
genuína é transformação regeneradora; A conversão genuína nos leva a prática
devocional.
Não existe conversão genuína sem
que haja mudanças de comportamento e de relacionamento para com Deus, com a
igreja e com o mundo. Ensinemos essa verdade tão importante e tão ausente nas
pregações evangélicas de hoje. Deus trata com os indivíduos de
diferentes modos, pois é livre e soberano em suas operações. A questão não é
como alguém foi convertido, e sim, se realmente recebeu a Cristo, pois sabemos
que pelos frutos conhecemos as árvores. O Apóstolo Paulo: a graça
de Deus o capturou, iluminou seu coração e o inundou com fé e amor. Que assim
seja com todos!
Bendito seja o Evangelho,
Pr. Flavio Muniz